12 de junho de 2009

DIOCESE DO FUNCHAL COMEMORA 495º ANIVERSÁRIO DA SUA CRIAÇÃO

A primeira diocese criada nos domínios das nossas conquistas e descobertas foi a do Funchal. A nossa sempre crescente expansão colonial e marítima desde os princípios de século XV e o povoamento e exploração das terras descobertas, determinaram a instituição de vários bispados fora da metrópole, tendo o arquipélago Madeirense a primazia na criação duma dessas dioceses. Quando depois se criaram os bispados de Angra, Cabo Verde, S. Tomé e Goa, foi o do Funchal elevado á categoria de arcebispado e ficou constituindo a sede duma província eclesiástica, tendo como sufragâneas aquelas dioceses.
O aumento continuo da população e a importância que notavelmente foi adquirindo o Funchal deram motivo a que D. Afonso V elevasse essa povoação á categoria de vila, pelo ano de 1451, e depois D. Manuel lhe desse foros de cidade, por alvará de 21 de Agosto de 1508. Era também indispensável regularizar a situação religiosa do arquipélago duma maneira mais satisfatória, pois pertencendo a Madeira á Ordem de Cristo, que tinha a sua sede em Tomar, era a ela que cabia superintender nos assuntos de jurisdição eclesiástica tendo para isso delegado no vigário de Nossa Senhora do Calhau a direcção de todas as questões religiosas nesta ilha.
Impunha-se pois a criação duma diocese autónoma, que tivesse á sua frente um prelado que pudesse exercer todos os actos do culto e superintender livremente em todos os negócios da disciplina eclesiástica. Assim o compreendeu o rei D. Manuel, e solicitando a criação da diocese funchalense, foi esta estabelecida pelo papa Leão X, por Bula de 12 de Junho de 1514 desligando o novo bispado da jurisdição do mestrado da Ordem de Cristo.
O primeiro bispo desta diocese foi D. Diogo Pinheiro, que exercia um elevado cargo na Ordem de Cristo, a que a Madeira pertencia no espiritual. Dele nos ocuparemos em artigo especial. O fim principal da criação da diocese foi entregar a direcção pessoal e imediata das questões religiosas neste arquipélago a um prelado, que pudesse também exercer todos os actos do culto e da jurisdição canónica privativos da hierarquia eclesiástica a que pertencem os bispos. Não sucedeu, porém, assim. Só cinquenta e dois anos depois da criação da diocese funchalense é que o quarto bispo dela, D. Jorge de Lemos, veio pessoalmente tomar posse do seu cargo, que desempenhou durante alguns anos.
A página 568 das Saudades da Terra, encontra-se o texto latino duma bula, que ali se diz ser a da criação desta diocese. Não é exacto. A bula Pro excellenti praeeminentia, que com este título se acha citada em diversos lugares, é que é o diploma pontificado que instituiu o bispado do Funchal. Vem integralmente transcrito a pag. 257 do vol. 1.º do Corpo Diplomático Portuguez, dirigido por Rebêlo da Silva e publicado em 1862, e já antes tinha sido inserta, ao menos parcialmente, em outras obras mais antigas. A publicação de Rebêlo da Silva é cópia directamente extraída da Torre do Tombo, cujo original e registo autêntico se encontra no Maço das Bulas, sob o n.º 34. Este documento, que é bastante extenso, foi há anos traduzido em português pelo distinto professor do nosso liceu o padre Ricardo Augusto de Sequeira e publicado em alguns números do Correio do Funchal, do mês de Novembro de 1897.
No mesmo volume do Corpo diplomático, já citado, encontra-se a pag. 261 outra bula, que começa pelas palavras Gratiae divinae praemium, dirigida ao rei D. Manuel, em que se faz a participação oficial da criação da diocese funchalense e da nomeação de D. Diogo Pinheiro para bispo dela. A que vem transcrita nas Saudades da Terra é dirigida aos fiéis e clero da Madeira. Têm todas a data de 12 de Junho de 1514. No antigo Paço episcopal do Funchal, encontrava-se emoldurado e pendente duma das paredes da sala principal do palácio, o pergaminho contendo o próprio original duma Bula referente á criação deste bispado, que julgamos ser a que se acha transcrita nas notas das Saudades.
In Elucidário Madeirense, retirado do site da Diocese do Funchal:http://www.diocesedofunchal.pt

4 de junho de 2009

Paróquia de Nossa Senhora das Preces



A paróquia de Nossa Senhora das Preces foi canonicamente erecta por decreto, promulgado a 24 de Novembro de 1960, emanado pelo então bispo do Funchal, D. David de Sousa, com entrada em vigor no dia 1 de Janeiro de 1961, tendo sido desmembrada do território da paróquia de Machico. É constituída pelos sítios da Ribeira Grande e dos Maroços.
Foi seu primeiro pároco o Pe. Eduardo de Freitas Nascimento, que envidou logo esforços para erigir um edifício de culto para a comunidade paroquial nascente. A Igreja Paroquial foi inaugurada no dia 5 de Setembro de 1965 por D. David de Sousa, numa celebração também marcada pela administração do sacramento da Confirmação. No entanto, na manhã do dia 15 de Julho de 1978 a Igreja ruiu e logo se envidaram esforços para a construção de um novo templo. Esta ganhou maior impulso com a entrada na paróquia do Pe. Francisco Dias, em Fevereiro de 1979, em conjunto com o Governo Regional, que desde logo se prontificou a edificar o novo edifício, que foi dedicado no dia 18 de Março de 1984, pelo então bispo do Funchal D. Teodoro de Faria, com a curiosidade de esta ter sido a primeira igreja dedicada por ele como bispo do Funchal. Nos últimos anos sofreu algumas obras de remodelação, quer no interior quer no exterior, para permitir uma maior funcionalidade do edifício. Também nos últimos anos, por iniciativa do actual pároco, o Pe. António Ramos, foi enriquecida com um painel de azulejos alusivo à padroeira. Mais recentemente, a paróquia foi beneficiada com a construção do Centro Social Paroquial, inaugurado no dia 5 de Setembro de 2002, que veio permitir à paróquia ter salas de catequese e criar um centro de dia para os idosos da paróquia.
No campo vocacional, esta paróquia desde a sua fundação viu sair do seu seio vários filhos para o serviço da Igreja, nomeadamente um sacerdote diocesano, o cónego Manuel Martins, ordenado no ano de 1992, actualmente pároco da Sé do Funchal; e várias religiosas para as diversas congregações existentes na diocese, e também para outras que não estão presentes na diocese. Neste aspecto é de realçar a realização pela primeira vez, na paróquia, da profissão de votos perpétuos da Irmã Ana da Paz, na Fraternidade Franciscana da Divina Providência.
Esta paróquia teve ao longo destes anos vários seminaristas, não só no Seminário Diocesano do Funchal, onde tem neste momento um seminarista, o Luís Miguel, mas também no Colégio Missionário, a cargo dos Sacerdotes do Coração de Jesus (dehonianos).
Texto a ser publicado na revista NOVELLAE OLIVARUM, do Seminário Maior de Cristo Rei (Olivais)

17 de maio de 2009

CRISTO REI (Saudação de Sua Santidade o Papa Bento XVI no Angelus do dia 17-05-2009)


"Para além dos peregrinos de língua portuguesa aqui presentes, quero saudar os cristãos de Portugal que neste dia se reúnem com todo o Episcopado para celebrar – sob a presidência do meu Enviado Especial, o Cardeal Dom José Saraiva Martins – o cinquentenário da inauguração do Santuário de Cristo Rei em Almada, na diocese de Setúbal. Lá erguido bem alto, bem visível, o Redentor divino com o coração e os braços abertos é oferta de paz à humanidade. Bem o sabe o povo português que, há cinquenta anos, se uniu para levantar aquele memorial de paz, por graça recebida em atenção à sua consagração ao Imaculado Coração de Maria. Com uma súplica ardente a Cristo Rei por um Portugal melhor, fiel na fé católica, fértil na santidade, próspero na economia, justo na partilha da riqueza, fraterno no desenvolvimento, alegre no serviço público, a todos abençoo e exorto a perseverar na referida consagração à Virgem Mãe, que arrasta os corações, como ninguém mais sabe fazer, e lança-os nos braços da misericórdia do Senhor."
Benedictus XVI

CRISTO REI




Tive nestes dois dias a graça de participar nas celebrações jubilares da inauguração do Santuário Nacional de Cristo Rei de Almada, onde participaram milhares de nossos compatriotas e outros que têm por laço comum connosco a língua de Camões.
Foram momentos marcantes para lembrar a grande devoção que o nosso povo sempre dedicou aos Corações de Jesus e Maria. Que Cristo que abraça todo o país abençoe e guarde sempre com a intercessão de Maria, a Senhora de Fátima. VIVA CRISTO REI, "TU REX GLORIAE".

16 de maio de 2009

Tristão Vaz Teixeira, Descobridor da Madeira e 1º Donatário de Machico



Tristão Vaz Teixeira (c. 1395 — 1480) Inicialmente referido apenas como Tristão Vaz em todos os documentos oficiais (o apelido Teixeira obtê-lo-ia de sua mulher), era, segundo Zurara, escudeiro do Infante D. Henrique, a quem acompanhou a Ceuta e Tânger, onde se mostrou "homem assaz ardido".
Com João Gonçalves Zarco descobriu a ilha de Porto Santo, que foi encarregado de colonizar. Vai povoar depois a ilha da Madeira em 1425. Coube-lhe a capitania do Machico com carta de doação de 11 de Maio de 1440.
Organizou várias expedições à África, com caravelas suas.Por abuso de autoridade, esteve desterrado da sua jurisdição à qual voltou perdoado, em 1452.Casou com Branca Teixeira e deixou numerosa descendência, hoje largamente espalhada pelo arquipélago. Faleceu em Silves já de idade avançada
in: wikipedia.org

15 de maio de 2009

Machico de Outros Tempos

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A Baía de Machico noutros tempos, para recordação.
  1. A Vila de Machico, publicado no Archivo Pitoresco em 1866
  2. Centro de Machico nos anos 60
  3. Rua do Leiria, acesso ao cais de Machico
  4. Estaleiro de Machico, onde actualmente está situada a praia de areia amarela
  5. Centro de Machico, visto da Rocha da Queimada